O Processo de Formação dos Raios

Um relâmpago ocorre em sucessivas fases. O início ocorre em regiões da nuvem com forte campo elétrico. Uma descarga chamada Stepped Leader se move em direção ao solo. Quando esta se aproxima, um Upward Leader é liberado a partir de objetos elevados próximos ao solo, completando o canal do raio.

Etapas do Raio

Imagem técnica de uso exclusivo e desenvolvida por Heilmann, A. – cedida à StormEye Deep Tech (2025)

Espectro de Emissão

Uma vez completado o canal do relâmpago, inicia-se a descarga de retorno (Return Stroke), transportando cargas entre solo e nuvem, com correntes variando entre 10 kA e 150 kA.

Descargas atmosféricas irradiam ondas eletromagnéticas em várias faixas de frequência, permitindo a detecção remota por sensores. O espectro de emissão cobre desde frequências muito baixas (VLF/LF) até altas frequências (VHF), permitindo diferentes métodos de monitoramento.

Frequências dos Raios

Imagem técnica de uso exclusivo e desenvolvida por Heilmann, A. – cedida à StormEye Deep Tech (2025)

Fenômenos Associados aos Raios

Os raios Nuvem-Solo (CG) representam aproximadamente 25% das descargas atmosféricas globais. Cerca de 75% das descargas são Intra-Nuvem (IC), Nuvem-Nuvem (CC) ou Nuvem-Ar (CA). As descargas +CG (positivas) são menos frequentes, mas podem atingir picos de corrente superiores a 300 kA.

Características dos Raios

Cada raio tem 3,5 a 5 cm de espessura, pode atingir temperaturas de até 30.000°C, e medir de 1 a 2 km.

Raio Sul do Brasil

Imagem técnica de uso exclusivo e desenvolvida por Heilmann, A. – cedida à StormEye Deep Tech (2025)

Impacto dos Raios no Setor Elétrico

Percentual de Desligamentos na Transmissão 70%
Percentual de Desligamentos na Distribuição 40%
Média de Mortes por Raios Anualmente 130
Percentual de Raios Positivos na Região Sul 20% a 30%
Tempo Médio sem Energia Elétrica ( devido tempestades severas) 17 horas/ano
Incidência de Raios
Brasil - Líder Mundial em raios/km²/ano
🚑
200 Feridos/ano
Vítimas de descargas atmosféricas no Brasil

As descargas atmosféricas provocam graves impactos no setor elétrico brasileiro, liderando as causas de desligamentos e resultando em prejuízos de milhões de reais anuais. A vulnerabilidade de transformadores, cabos e estruturas críticas acentua ainda mais a necessidade de monitoramento e mitigação.

A Frequência de Raios vai Aumentar?

📊 Período 2006–2012

Média de queda de 35 torres/ano

Registros de quedas de torres de linhas de transmissão/ano segundo a ONS.

📈 Período 2013–2016

Foram 55 torres/ano

Aumento significativo nas quedas de torres de linhas de transmissão.

📉 Só em 2025

+ R$ 100 mi/ano

Prejuízos estimados no setor elétrico por tempestades severas.

📝 Projeção 2030

+ R$ 200 mi/ano

Estimativa de prejuízo no setor elétrico, de acordo com a AES Eletropaulo para os próximos anos.

📝 Estudo da Universidade da Califórnia

Indica que a

frequência de raios pode aumentar 12% a cada 1°C de aquecimento global.

Prejuízo Causados por Raios

Transformadores Danificados (40%)
40%
Ressarcimentos Elétricos (31%)
31%
Acidentes em Tanques (80%)
80%
Infraestruturas Sensíveis

Antenas, torres, data centers: exposição a falhas críticas por raios.

Danos Ambientais

Incluindo mortes de animais, incêndios em plantações e infraestrutura rural afetada.

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